Quem conheceu o povoado de Fenda há uns anos atrás sabe a reviravolta que o mesmo sofreu, tal facto deve-se a descoberta constante do ouro que abunda naquelas terras. Situada na província de Manica (zona centro do país) a população daquele povoado abandonou a agricultura para se dedicar a mineração (i)legal.
No local não há distinção entre o ser mulher, homem ou
criança ou ter 12, 25 ou 45 anos. A mineração é na realidade uma actividade que
atrai muita gente e é considerada causadora de migrações tanto para os
nacionais quanto para os estrangeiros, principalmente os oriundos do Zimbabwe.
A recolha do ouro é bastante incerta, existem dias melhores
que outros naquela aldeia, mas mesmo assim, os habitantes olham para esta actividade
como um emprego que lhes poderá melhorar as condições de vida e proporcionarem
um sustento para as suas famílias.
Contudo, há aspectos que saltam a vista de qualquer
pessoa que se desloque para aquele lugar, as condições deploráveis de trabalho
a que estão sujeitas aquelas pessoas. Não tem nenhum tipo de equipamento,
portanto, arriscam a própria saúde, estão sujeitas a soterramento que tem sido
frequente naquele local e como não poderia deixar de ser contaminam por via do
mercúrio os cursos de água existentes naquele local.
Todo este cenário acontece com o consentimento dos órgãos
que em princípio deveriam fiscalizar aquela actividade, mas, limitam-se apenas
a classifica-la como ilegal. Afinal porque tanto receio por parte destes órgãos
em suspender esta actividade, uma vez que é ilegal? Quem estará a tirar
dividendos do trabalho efectuado por estes agricultores/Garimpeiros? Não seria
esta uma das maneiras de se reduzir a ajuda externa?
Deixo estas perguntas para reflexão.
Ola chamo-me Beatriz adorei ver esse assunto a ser abordado é necessário que OS órgãos administrativos entrem em ACÇÃO, pois esse é um problema grave no que diz respeito ao ambiente e a própria saúde desses homens e mulheres...
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