sábado, 6 de abril de 2013

Nao Há Investigação Criminal Para os Pobres



Nos últimos anos, tem sido frequente alguns órgãos de comunicação social reportarem crimes que tem acontecido na nossa sociedade, principalmente contra mulheres. Neste último mês por exemplo acompanhei pelo menos três casos de violação contra mulheres, um dos quais a vítima veio a perder a vida.
Em alguns casos por milagre a polícia consegue chegar aos criminosos, mas noutros nem por isso.
Não sou perita em investigação criminal mas, partilho da opinião por muitos defendida que não há crime perfeito, sim, investigação mal conduzida. Quero acreditar que em algum momento, os malfeitores deixaram vestígios no local do crime que podem ser utilizados para se chegar aos verdadeiros culpados.

Em alguns países, para se desvendar crimes desta natureza basta a recolha do ADN  no corpo da vitima, mas nunca ouvi falar, no nosso país, que por esta via chegou a se a desvendar qualquer que seja o crime e por esse motivo e natural que os criminosos deixem até preservativos usados na violação, como uma maneira de gozar a impunidade generalizada.
Certamente, algumas pessoas poderão dizer que não disponibilizamos de meios para tal, que talvez possa ser um facto mas, ate que ponto há vontade em adquirir tais meios.
Para já quem são as raparigas que sofrem tais violações? Por acaso são filhas dos nossos dirigentes? Não, acontece aquelas raparigas cujas famílias nem sabem a quem recorrer nestas situações por isso muitos dos casos acaba abafado no seio familiar.
Algumas organizações da sociedade civil tem trabalhado nesta problemática da violação da mulher, mas, não basta que sejam apenas elas. Lembro-me de ter assistido há algumas semanas num canal de televisão um caso de violação que ocorreu na Índia, em que a vítima infelizmente perdeu a vida, impressionou-me a comoção da sociedade indiana, ver  multidões a marchar pedindo justiça pelo sucedido.
Voltando ao nosso pais, pessoalmente nunca acompanhei nada do género e na qualidade de mulher tal facto preocupa me, porque para além de viver com receio de que me possa acontecer um dia, aprendi que quando não agimos diante de determinada injustiça, somos coniventes.
Diante desta situação me pergunto, quantas mais mulheres terão que ser violadas para encaramos os factos de outra maneira? Quantas mais mulheres terão que perder a vida por causa de tamanha cobardia? Quando poderemos contar com a investigação policial, independentemente do nosso status quo?
Provavelmente os leitores se perguntarão o que EU como cidadã faço diante desta situação? Era conivente antes de ter escrito este artigo de reflexão, mas o meu contributo não se esgota por aqui, estou disposta a lutar por acções com vista a minimização e quiçá acabar com tamanha barbaridade.
  

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